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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Bioética- James Rachels

Bioética-Rachels
No livro Elemento da Filosofia Moral de James Rachels ele conceitua a filosofia moral como uma tentativa de alcançar um entendimento sistemático da natureza da moralidade e do que ela exige de nós.
O primeiro capítulo desenvolve uma discussão sobre a natureza da moral. Faz isso se utilizando de três exemplos práticos nos quais a decisão moral não é simples.Irei discorrer sobre o primeiro exemplo, o caso da bebê Teresa ,bebê anencefálico, este caso é apresentado em toda a sua complexidade e dificuldade de resolução.
Nesse caso da bebê Thereza, uma menina que nasce com anencefalia, os pais decidiram doar os órgãos da menina, no entanto, essa prática não foi autorizada porque a lei da Flórida proíbe a retirada de órgãos até a morte do doador e baseados em vários argumentos. Nove dias após o seu nascimento a menina morreu e seus órgão não puderam ser doados.
Argumentos filosóficos foram utilizados pelos médicos para não atenderem ao pedido dos pais:
Primeiro: Não devemos utilizar as pessoas como meios para fins de outras pessoas.
Segundo: É antiético matar a pessoa A para salvar a pessoa B
Especialistas utilizaram o argumento do Benefício para justificar o pedido dos pais:
O Argumento do Benefício: A sugestão dos pais baseou-se na ideia de que, como Theresa não tinha chances de viver e morreria brevemente que outra criança poderia se beneficiar dos seus órgãos. O raciocínio: Se pudermos beneficiar alguém, sem causar danos a ninguém, deveríamos proceder assim. O transplante beneficiaria outras crianças sem prejudicar Theresa.
Esse argumento é válido já que para Theresa continuar viva não traria benefício algum e doar os órgãos beneficiaria outras crianças.
Argumentos Contrários:
Pessoas não devem ser utilizadas como meios:
Primeiro: É errado usar as pessoas como meios para fins de outras, e retirar os órgãos de Theresa seria usá-la em benefício de outras crianças.
Usar pessoas normalmente envolve violação de autonomia , que envolve trapaça, fraude ou coerção.
No caso de Theresa ela não é um ser autônomo, jamais seria; É incapaz de tomar qualquer decisão por si própria.
Nesse caso há duas diretrizes:
O que poderia ser feito para seu próprio bem?
Nesse caso a doação seria a retirada dos órgãos, pois seus interesses nãos seriam afetados
E se ela pudesse escolher o que ela diria?
Nesse caso jamais saberíamos, e a decisão tem de ser tomada por ela, e fazermos o que acharmos melhor.
Argumento do Erro em Matar:
Especialistas em ética apelaram para o argumento que é errado matar uma pessoa para salvar outra e retirar os órgãos de Theresa seria matá-la para salvar outras vidas, eles afirmaram, eles afirmaram então matar seria errado.
O argumento é válido?
A proibição de matar está entre as regras morais mais importantes. No entanto há controvérsias, algumas exceções são justificáveis. No caso de Theresa:
- Ela morrerá brevemente de qualquer forma;
- A retirada de órgão traria algum benefício para outras crianças;
Poder-se-ia considerar que a bebê já estivesse morta? Poderíamos considerar a morte cerebral?
Pessoas acéfalas não preenchem as exigências técnicas para a morte cerebral, mas essa definição deveria ser redefinida já que elas não possuem cérebro ou cerebelo e sendo assim a retirada dos órgãos não seria considerado matá-la.
O autor considera o argumento de doações de órgãos mais fortes que os contrários, este também me parece o argumento mais relevante.

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